Rally de Portugal 2018
Fotógrafo | Paulo Pinto / paulopinto74.blogspot.com |
Tirado de | 2018-05-19/20 |
Categorias | WRC |
Evento | Rally de Portugal |
Sub-evento | Campeonato do Mundo de Ralis |
Pista | Vieira do Minho / Montim |
PEC: Montim
© 2018 Copyright Paulo Pinto
Quem não se lembra de um Rali de Portugal marcante?
Independentemente do destino, sair da rotina sempre traz novas histórias para contar.
Conhecer pessoas, visitar lugares até então apenas imaginários e passar por situações novas são elementos que tornam esta prova do Mundial de Ralis em momentos que ficam gravados para toda uma vida.
E quando esta aventura vale mais do que uma simples lembrança, o que fazer?
Para muitos fotógrafos esta é uma oportunidade única de registar e imortalizar as experiências da aventura, fazendo dela "livros" repletos de fotos e fatos que até hoje inspiram novos aficionados a cair neste mundo.
Convívio, bebida e liberdade permeiam milhares de adeptos do nosso país mais um sem número vindo da vizinha Espanha entre outros dos quatro cantos do mundo que vamos encontrando pelas Zonas Espetáculo
Convivendo com tipos típicos que fizeram parte da moldura humana que enchiam as estradas quer de terra ou asfalto dos anos 60,70 e dos loucos anos 80 e 90 como publico anónimo mas também pilotos, jornalistas, poetas e músicos, testemunhos vivos que retratam a essência de uma verdadeira prova, provando que o que importa não é apenas a chegada, mas sim o caminho até lá.
Chegado a Vieira do Minho como pano de fundo perfeito e o meu ponto de partida para esta aventura pelos templos das classificativas que compõem as restantes etapas da prova, festas populares e até mesmo encontros com aficionados de todos os lugares. Mergulhado na cultura da modalidade com um olhar por vezes microscópico, para além do forte dialogismo... Interação de culturas, por vezes explorando com igual proveito também a mútua. Sempre bem regado, claro.
Continuo a achar que existe desinteresse jornalistico das radios e Tvs mais preocupadas em discutir exaustivamente cada gota de suor aos espirros do nosso futebol.
Relegado para segundo plano, sou capaz de arriscar que qualquer português sabe ao pormenor as últimas broncas do nosso futebol e poucos saberão que estáva na estrada o Rali de Portugal neste novo formato "Sprint".
Um país e uma prova muito diferente daquela que era notícia naqueles loucos anos do Rally Vinho do Porto, Rally Tap.
Nessa altura traçava-se um perfil, não só desportivo mas também social e humano da paixão e admiração quer de público e curiosos que rodeavam os carros, pilotos, equipas, TVs...
Estações de televisão mas também ideológico de um país que queria promover ao mundo o turismo e seus produtos mais conhecidos. Agora, dedicado a assuntos como educação, segurança, natureza, civismo e principalmente a economia dos números de retorno financeiro e custos para que esta prova faça parte do calendário do ano seguinte.
Confesso que tenho saudades de ver um piloto tornar-se herói nacional seja ele Finlandês, Italiano, Escocês ou Português porque foi o mais rápido no somatório das classificativas de asfalto e de terra.
Aventuras memoráveis, situações cômicas como estarmos perdidos algures perto do troço de Vieira do Minho e experiências agradáveis. Estes três elementos em alta dosagem, o que torna a mística desta prova em si um motivo para que a sua narrativa seja lembrada para a eternidade.
Independente da procura do melhor lugar do troço, sair da rotina sempre traz novas histórias para contar. E do que é feita a nossa vida se não de um grande livro aberto pronto para ser escrito com as mais loucas histórias?
Nunca é uma edição a mais, será sempre uma edição do nosso rali que nos marca. Não só pelo fato de estar fora de casa, de umas horas "mal" dormidas no carro.
Mas pelos pequenos detalhes que foram acontecendo no desenrolar dos dias e, claro, um grupo de amigos em pleno troço de Montim e éramos só nós a ver o pôr do sol numa bela combinação com a estrada, jantar num palco de festas numa noite amena e agradável. Tivemos a colaboração da simpatia dos populares da comissão de festas daquele local com abrigo e wc disponíveis a onde não faltou um simpático cão de guarda.
O palco não podia ser melhor, repartido com outros adeptos da modalidade.
Os meus amigos e companheiros desta aventura já vinham desde Baltar a que me juntei desde Vieira do Minho mais tarde duas simpáticas adeptas que fazia o seu "Batismo" no Rali de Portugal. Duas noites e dois dias de risadas, de acordar e ir para as classificativas a meio da madrugada. E os melhores sorrisos iam se fazendo presentes, dos Sr. Guardas sempre colaboradores e prestáveis…
Que coisa linda de se viver, só de descrever fico com a sensação louca de ‘queria estar lá de novo’!
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